Coluna Luiz Nardelli

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quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

COLUNA LUIZ NARDELLI 10 02

Leasing da fartura

A Prefeitura de Cascavel abriu segunda-feira (08) uma licitação “para a contratação de serviços de assessoria técnica, para fins de recuperação de receitas sonegadas do ISSQN incidente sobre as operações de arrendamento mercantil ou leasing”. Isso não seria de competência dos procuradores do Município? Pra que servem os procuradores? Se há pouco mais de uma dúzia de bancos e financiadoras de leasing, então para que terceirizar a cobrança? Ainda mais que parece haver jurisprudência sobre o assunto. Aí fica fácil de ganhar dinheiro com escritório de consultoria ou advocacia. Porém nossos governantes parece não pensar como nós, mas cada um com suas idéias e ponto final!

Xadrez

A novidade das eleições de 2010 é quanto à estratégia dos partidos. Neste ano, os articuladores de campanha colocaram na frente de combate no ‘xadrez político’ primeiro os ‘bispos’ e as ‘torres’ do partido (líderes consolidados, hoje fora das administrações pública) antes mesmo de movimentarem seus‘peões’ e ‘cavalos’ (líderes em cargos públicos na máquina administrativa) e da definição pelos partidos na escolha do ‘rei’ e da ‘rainha’ (candidatos ao governo e vices).

Recuar

Como se pode observar, a estratégia apresentada acima e um posicionamento dos articuladores para dar tiro de canhão e bazuca logo de cara e assim amedrontar e acuar o adversário político (todos sabem que no final das contas, no âmbito da política, ninguém é inimigo de ninguém, deixando abertos possíveis acordos partidários). Conseguindo fazer recuar alguns candidatos, se tornam inviáveis candidaturas para alguns partidos e abre-se trégua para negociações de alianças.

FHC de volta

Prova disso foi o que aconteceu na segunda-feira quando o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso saiu em defesa do governador do Estado de São Paulo, José Serra (PSDB), dizendo incomparáveis as capacidades de liderança de Serra e de Dilma (PT), uma vez que a ministra-chefe da Casa Civil – na opinião de FHC, não necessariamente da população - ainda não inspira confiança nem se apresenta como líder, ao contrário de Serra.

FHC x Dirceu

Respondendo a mudança de pedras no xadrez do PSDB - vejam o ataque de FHC -, José Dirceu (PT) usou seu blog para dizer que a manifestação do ex-presidente é na verdade mais uma amostra de haver falta de coordenação dos tucanos, que ‘há um vácuo na campanha tucana’, por isso Fernando Henrique está tentando proteger o partido e seu candidato. Nem bem começou a campanha, Dirceu e FHC já trocam tiros. São as ‘torres’ e ‘bispos’ se movimentando.

Enquanto isso...

Enquanto no âmbito federal as pedras adversárias começam a se posicionar no tablado, no Paraná o jogo de empurra-empurra continua. O PSDB paranaense não sabe se fica ou se vai logo para a disputa ao governo do Estado; e se vai, não sabe se com Osmar Dias, Álvaro Dias ou Beto Richa. Os únicos que ganham com essa ‘dúvida cruel’ do partido são os institutos de pesquisa contratados, e muito bem pagos, para especularem estatísticas.

‘Indicadores’

Pior são as candidaturas em Cascavel que não precisa nem de “radar” para detectar quem tem maior possibilidade de se eleger. São tantas peças que falta espaço no xadrez. As definições vêm mesmo ocorrendo na base do QI (Quem Indica). E olha que têm ‘indicadores’ excelentes, com experiência nacional, visitando escritórios políticos aqui pelas bandas do Oeste Paranaense.

À postos

No xadrez cascavelense a única peça certa é a candidatura de João Destro que desde ontem iniciou uma partida firme rumo à campanha de 2010 apresentando-se ao quartel do PPS como pré-candidato a deputado federal. Ainda não se sabe com quem do partido Destro irá dobrar, porque na lista de possíveis candidatos a deputado estadual no PPS tem Paulo Mion, Roberto Aoki e Vilson de Oliveira.

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