Coluna Luiz Nardelli

Coluna Luiz Nardelli
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terça-feira, 17 de agosto de 2010

AS PAREDES TÊM...VIDA PRÓPRIA

Elas sabem tudo e não escondem nada e revelaram que o prefeito Edgar Bueno anda muito preocupado com a base de apoio na Câmara de Vereadores. Tal preocupação tem fundamento: alguns deles andaram extrapolando a linha da dignidade política e andaram procurando o empresário imobiliário, para saber, ou melhor, especular como estava o andamento da desapropriação da área do Seminário antes mesmo do anteprojeto pedindo o remanejamento de R$ 2 milhões chegarem à Câmara. Elas, as paredes, nos disseram que Edgar Bueno ficou possesso de raiva quando soube de tal afronte. Resultado: o projeto foi aprovado mesmo com a “indignação” do prefeito!


Já as divisórias, primas das paredes que divide os gabinetes dos vereadores não puderam revelar nada sobre este assunto. Foram somente as paredes que presenciaram as conversas com portas fechadas na ante-sala do plenário da Câmara que resultou na mudança de posicionamento dos vereadores sobre o anteprojeto. No intervalo de uma sessão para a outra, tudo mudou, até mesmo o semblante dos vereadores que retornaram ao plenário com uma alegria diferente no rosto.


Os biombos nesta edição também não poderão argumentar nada sobre a área do seminário, deixaram tudo para as paredes que não sabem informar se foram 2 ou mais motivos que levaram os vereadores, até mesmo os da oposição, a mudarem seus posicionamentos. Elas só sabem que foram vários os motivos empregados (argumentados) pelo vereador filho do empresário imobiliário e também pelos representantes do Paço que estiveram na “salinha” do tudo pode.


Os tapumes disseram que o negócio da desapropriação do Seminário está parecido com o do “cemitérioduto”, aquela negociata realizada na gestão Lísias Tomé que teve desfazimento depois que um anúncio para venda do terreno nas páginas da Gazeta do Paraná demonstrou que o terreno estava para venda por R$ 250 mil alguns meses antes do negócio ser fechado por R$ 630 mil. Disseram os tapumes: “se um simples anúncio imobiliário fez o Ministério Público intervir na negociação, o que o MP fará no caso onde uma escritura de “fé pública” do 1º Tabelionato de Notas (cartório Mion) fora negociado por R$ 700 mil, mesmo depois de a Prefeitura ter decretado o referido imóvel de Utilidade Pública?” Com a palavra os representantes legais da Justiça.

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