PÁGINA REFRESCO EM PÓ DO JORNAL MANCHETE POPULAR

* POR Luiz Nardelli

DILUÍDO E CONCENTRADO

A eleição da Mesa Diretora da Câmara Municipal de Cascavel vem tirando o sono de muita gente graúda do grande staff. Alguns nomeados em cargos comissionados pela atual Mesa Diretora não conseguem esconder mais as preocupações, pois se mudarem o presidente, eles também terão destinos incertos. Entretanto, os comentários nos corredores do Legislativo cascavelense dão conta de que mesmo que permaneça o atual presidente, Marcos Damaceno (PDT), alguns cargos (cabeças) irão rolar, pois se passaram dois anos e muitos desses comissionados ainda não mostraram o porquê estão ali. Diluído isso, vamos ver muitos dos “leitões” tendo que procurar “paragens” em outros “chiqueiros”, pois no atual, modificações acontecerão. Porém, se concentrado os votos dos demais vereadores em Damaceno, como parece que irá acontecer, algumas caras novas em cargos públicos serão vistas nas salas da Câmara, já que na administração pública, mudam-se os “cães”, mas as “coleiras” continuam as mesmas. No caso, mudam as pessoas, mas os cargos continuam sendo preenchidos. Assim, quem sabe, teremos chances neste “marzão de meu Deus”.

POSITIVO

O quadro da semana é positivo para nosso Município no que se refere ao desenvolvimento da cidade. O início das obras do Shopping Catuaí mostra que Cascavel está prestes a virar “cidade grande” e com isso o desenvolvimento é certo. Para uma cidade que ainda é vista pelos governantes como interiorana, um shopping dessa dimensão, mudará em muito o conceito de Cascavel nas esferas estadual e federal.

NEGATIVO

Este quadro poderia não existir, porém será necessário para recompor a verdade de algumas situações advindas da construção do Shopping Catuaí. Alguns “grandes” empresários da cidade não querem a construção do Shopping na região do Lago, é claro, pois isto atrapalharia seu comércio (até então visto como grande), mas que com a vinda do Catuaí, não passarão de “pequenas” barracas de Secos e Molhados.

NOTAS

Ilegal por quê? I

Por vezes me pergunto, porque tanta confusão sob a desculpa de estar preservando a natureza. Alguns espertos empresários de Cascavel brigam na causa, para vencer suas necessidades momentâneas. Vejamos. Jornais de Cascavel - Hoje e O Paraná - durante a semana, dia após dia, criticaram a instalação do Shopping Catuaí alegando preservação das nascentes existentes no local. Um bom discurso, mas que na realidade, são coisas que ainda não tem sentido.

Ilegal por quê? II

Crimes ambientais são vistos todos os dias em nossa cidade, postos de combustíveis instalados em cima de nascentes, por exemplo. É só olhar para os postos de combustíveis instalados nas imediações do Lago, inclusive um deles, bem em cima de uma nascente das tantas que existem na região. Outro caso é um posto na Rua São Paulo. Lembrando ainda o posto de combustível da baixada da Rua Presidente Kennedy. Então, é o Catuaí que irá prejudicar o Meio Ambiente? Um peso e duas medidas? Para alguns as benesses da Lei, para o Catuaí o rigor da Lei?

Em Tempo

Por falar em Shopping, se não me engano, o Shopping West Side fica na região e os dejetos, bem como água pluvial, também correm para o Lago Municipal, logo ali próximo ao Zoológico e muito próximo do local escolhido para construção do Catuaí. Coincidência ou não, um poderá atrapalhar o outro, ou estou enganado?

US$ 55 milhões

O prefeito Edgar Bueno e quatro de seus secretários estarão nos próximos dias nos EUA em busca de US$ 55 milhões no BID para obras no Município. Caso a comitiva consiga a grana, estas verbas serão para investimento em sua maior parte no sistema binário e viário de Cascavel. Uma canaleta para uso exclusivo do transporte coletivo é um dos projetos contemplados.

Exigências

Para ficar bom mesmo, seria interessante a Cettrans também exigir das empresas concessionárias que emplaque seus ônibus no Município e não fora deles, como vem acontecendo, ou, que pelo menos, que deixem de adquirir chassi velho de outros municípios brasileiros para colocar carroceria da Mascarello em cima e dizer que são ônibus novos.

MIGUÉ DA MÍDIA

Em águas passadas, no governo Lísias, a imprensa local caiu matando contra o uso de verba da iluminação para bancar a instalação do sistema de segurança eletrônico, incluindo câmeras, mesmo tendo a gestão passada um parecer favorável do Tribunal de Contas. E agora? O que mudou? Pode usar a verba carimbada para pagar uma conta que o Município só adquiriu por causa de um erro administrativo?

ARDE MAS NÃO QUEIMA

A página dará um prêmio para o cidadão comum que conseguir decifrar as publicações das contas públicas da prefeitura de Cascavel em seu site oficial.

Não sei se o Paço é a Casa da Mãe Joana, mas que lá se toma “gordos” coffee breaks, isso eu sei. Que tal um contrato de R$ 49.560,00 para seis meses apenas para uma secretaria?

Quase R$ 10 mil por mês em café e petiscos... Isso porque o prefeito anunciou que iria “apertar” as contas da prefeitura, imagine se “soltasse”.

Se alguém de Cascavel estiver pensando que vai ser chamado para assumir cargo no governo estadual só porque esteve na campanha, está enganado, pois tem que unir técnica e prestígio junto ao “comando fechado” de Beto Richa.

A publicidade e a comunicação do governo do Estado deverão mesmo ficar com o “DEL”. Mas ainda não se sabe se é com o “delete” ou alguém próximo do Beto Richa que tem este apelido ou esta inicial no nome.

AS PAREDES TÊM...VIDA PRÓPRIA

As paredes, sempre elas que nos auxiliando neste quadro, nos contaram que na semana, um episódio dos mais absurdos, aconteceu na ante-sala do plenário da Câmara Municipal, logo após o fim da sessão. Elas, que já presenciaram vereador chamando um ao outro de “corruptor” e de “cheirador” na outra legislatura e que também presenciaram o vereador Nelsinho Padovani (PMDB) jogando cafezinho no vereador Marcos Rios (PSDB), na semana viram o vereador Mário Seibert e Paulo Bebber se agredirem, não só em palavras, mas tentativas de agressões físicas, com chutes e socos, mas a “tchurma” do ‘deixa disso’ interveio.

Elas nos contaram, também, que a “tchurma” que presenciou a cena lastimável, fez um acordo para que não vazasse tal situação para a imprensa, mesmo assim, o fato nos foi contado, pelas paredes é claro. Combinaram com os vereadores, mas esqueceram de “blindar” as paredes e elas, bem sabe como é, né, contam tudo mesmo. O caso foi silenciado, mas agora contado aqui no ícone que não esconde nada.

As divisórias, por sua vez, fora do episódio dos vereadores, estão atentas ao Teatro Municipal. Elas presenciaram uma conversa importante entre alguns dos que estão diretamente ligados à construção do Teatro. Segundo elas, o projeto (antigo, diga-se de passagem) está como uma colcha de retalhos. Os banheiros, sanitários, como queiram, não contemplava WC para portadores de deficiência, aí veio o problema; mudaram o projeto, mas na retificação dos banheiros do segundo piso, um cadeirante passa pela porta, porém não chega até o sanitário, pois não há espaço entre a parede e os boxes dos outros, “normais”. Então, mais uma vez os cadeirantes não poderão se aliviar nos segundo piso.

Os biombos, não os dos boxes do WC do Teatro Municipal, mas sim do escritório da empresa de projetos, disseram que os “homi” que pensam - os projetistas -, terão que refazer os projetos mas não especificam diretamente quem vai pagar a conta do “erro grosseiro”. O município, a construtora que executa a obra, ou a empresa deles? Bem a novela Teatro Municipal, parece mesmo mexicana, não tem fim!

Os tapumes da obra em frente à Câmara de Vereadores nos disseram que tem gente grande que vai virar dono de apartamento luxuoso quando o prédio ficar pronto. Segundo eles, o “cara” não sai da ACIC, entidade que ganhou tal terreno do Município para construir a sede maior, mas que no decorrer do percurso, se mudaram as diretrizes e iniciaram a construção de um prédio residencial. Enquanto isso, os tapumes nos disseram que a prefeitura não fez nada para reaver o terreno, tão pouco o Ministério Público procurou investigar o assunto, já que leis foram alteradas “a posteriore” para favorecer a entidade ACIC.

CHUPA QUE A CANA É DOCE

Enquanto em algumas secretarias com staff maior usam e abusam dos coffee breaks e petiscos, em outras, menos privilegiadas, os servidores estão levando papel higiênico de casa porque o oferecido pelo Paço parece mais uma lixa. Em outros pontos da cidade, como no posto de saúde do Periollo, servidores chegaram ao ponto de usar lençóis de papel cortados em tiras como papel higiênico, mas chegou o momento que acabou até os lençóis, daí, somente com o dedo mesmo. Chupa essa pessoal, porque a cana é doce, mas em alguns locais da Prefeitura o tratamento é “amargo”.

Dá para entender uma errata publicada em Diário Oficial em que a correção está no valor do contrato? Olhem para acreditar. No Diário eletrônico do último dia 11 está publicada uma errata de extrato de convênio número 161/2010, devidamente carimbada e assinada pela Projur, que diz: “no extrato publicado em 08.11.2010 onde lê-se valor: 14.000,00 (quatorze mil reais); leia-se, valor: 15.000,00 (quinze mil reais).” Enquanto isso a gente fica aqui na redação do jornal chupando cana e engolindo o bagaço.

CHUTANDO O BALDE

O vereador Otto Reis (PDT) resolveu deixar de lado os paliativos e chutar de vez o balde buscando uma solução para a situação da secretaria de Assuntos Jurídicos, que desde o início desta gestão, com denúncias em cima de denúncias, apenas se agravam. Na última semana o vereador entrou com pedido no Ministério Público para investigação (e punições) pela possibilidade de improbidade administrativa cometida pelo secretário Kennedy Machado.

BOCA DE PENICO

Depois de muita discussão sobre a presidência e formação da Mesa Diretora da Câmara, tendo como presidente Marcos Damaceno (PDT) a novela parece estar chegando ao fim. Léo Mion (PSDB) deverá ser o secretário, Osmar Cabeleireiro (PSL) o segundo secretário. Bebber 1º vice e Seibert 2º vice-presidente. Aqueles que andaram falando caca terão lugar tão somente aqui no ícone, como Marcos Rios (PSDB), Otto Reis (PDT), Gaitkoski (PSL) e Padovani (PMDB).

DIZEM QUE...

... a ida do Kennedy na Câmara só serviu para adiar votações polêmicas como a Lei Orgânica e a data do aniversário da cidade. Será verdade?

... não havia melhor hora para o prefeito e seu “trem da alegria” sair estrategicamente de Cascavel indo pros States do que agora com todo este alvoroço que inclui até improbidade administrativa por causa do Kennedy. Será verdade?

... os Muffatinhos não querem a construção do Shopping Catuaí porque não conseguiram espaço para colocar o mercado dentro do Shopping e aí vem concorrente forte. Será verdade?

... a empresa que administra o Shopping West Side (Alfredo Kaefer) pensa da mesma forma dos Muffatinhos: o Catuaí atrapalhará os negócios que há tempos são comandados por uma minoria em Cascavel. Será verdade?

SAIDEIRA

“Advogado que perde prazo é como médico que esquece bisturi dentro do paciente depois de uma cirurgia. É gravíssimo”. Advogado Luciano Katarinhuk comentando caso da dívida do Calçadão em entrevista na rádio CBN/Cascavel.