O Ipê Roxo! Para muitos, o roxo sempre foi
significado de morte. No passado, quando um ente querido “desocupava”, deixava
de pertencer aos terrestres, a comunidade se reunia e lá com serrote e tábuas,
construíam o caixão, hoje substituído a denominação para “urnas funerárias”. No
interior, muitos sepultamentos eram feitos ao bel prazer. Hoje as coisas
mudaram. O roxo do papel crepom que revestiam as tábuas nos caixões fabricados
por membros da comunidade em que o “falecido” vivia, não mais significa a morte.
O roxo hoje em dia é uma cor que leva muitos a apreciar como beleza. Nesta época
do ano, o ipê roxo floresce, dá um visual diferente nas ruas de Cascavel,
contrapondo o visual da campanha política eleitoral. O roxo, não significa mais
o símbolo da morte, embeleza a cidade, assim como deveria embelezar a cidade as
propostas e divulgação dos candidatos a prefeito e vereadores. Diluído isto para
eleições em Cascavel, podemos comparar a oposição daquele que está no poder,
como as “flores” belas que podem alegrar o amanhecer e o entardecer de seu povo.
Mas não, mais parecem o roxo dos caixões de defuntos do interior de outrora do
que as flores do ipê roxo que hoje embelezam as ruas de nossa cidade.
Concentrado tudo isso na campanha eleitoral de Cascavel, vemos que a oposição
não se articulou, não compôs, foi cada um pro seu lado, por isso nem mesmo o
roxo das flores dos ipês é capaz de demonstrar algo que possa ser revertido na
política cascavelense. O ego do passado continua florescendo como o roxo da
morte, não como embelezamento de uma política eficaz e capaz de mudar o olhar da
população. O ego de muitos, faz com que o roxo belo de hoje, volte a ser a cor
da morte do passado!
quarta-feira, 15 de agosto de 2012
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